Monday, January 21, 2008
Ela desceu só a Serra do Mar.
E foi uma delícia.
No carro, a música sete se repetia. Ainda...
Segura, prestava atenção nas placas para não perder-se
depois de um final de semana incrível. Não queria.
Com ele, ela saiu.
Passeou, se divertiu, dormiu...
Fizeram planos.
Viajaram juntos sem sair dali.
Foram diversas vezes no Pão de Açúcar.
Lá é “lugar de gente feliz” que se abastece de coisas gostosas.
Chocolates para acompanhar a salada do jantar.
Tomaram chopp, vinho, chuva e nenhuma Neosaldina.
Atrasaram-se na maior parte das manhãs.
E até do Sorine ela esqueceu por duas noites seguidas.
Sorry!
Permitiu.
Seguiu só em direção ao mar.
Em busca do sol que não tinha.
Chovia.
E a estrada era toda branquinha. Feita de nuvens.
Dos sonhos que deixou para trás esta manhã.
Aventurou-se viver. Arriscou espaçar. Deixar escapar.
Sem pensar nas conseqüências, como faz as crianças.
Lembrou das férias de infância,
isso porque passara pelos mesmos caminhos.
Mesma estrada, mesma parada no Frango Assado.
Capaz de ouvir sua própria voz quando menina
que perguntava mais ou menos por ali:
_Está longe mamãe? deitada no porta mala da Caravan prata do papai.
Iam cheios de roupas, comidas, bicicletas, televisões e brinquedos.
Baldinhos, pás e rastelos para os pequenos construírem enormes castelos.
Como é que cabia tudo mais todos nós naquele carro?
Era mágico.
Era verão.
É a minha história.
[saldo do primeiro dia: um tênis sujo de lama depois de 5km e
a promessa de que amanhã vai surfar as 06h com Francisco, seu irmão do meio]
...s a u d a d e l e...
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1 comment:
acho que só mais tarde percebemos que qdo somos pequenos, tudo é mágico. 276 coisas cabem no lugar de 3 ou 4.
24 horas pareciam levar 56 horas. principalmente na estrada.
[a lua entre os prédios, bem no meio da minha janela me distraiu, e perdi o resto que ia escrever].
não foi só a lua.
foi mais um pouco.
e não tão pouco.
...
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