Sobre as verdades.
Mantém em segredo.
Mas nem todas.
Boa parte delas cuspiu em teu rosto.
Hoje visto quão desnecessário.
Outras escreveu.
Verdades lidas em voz alta para colocar as paredes à par.
Para protegerem e que não haja uma próxima vez.
De todo mal que ele lhe fez.
E os azulejos do banheiro souberam de tudo.
As luzes filmaram.
O piso de taco desesperou-se com o movimento.
Os espelhos da casa fugiram, tamanha vergonha.
Ouviram seu choro.
Silêncio.
Pouco podiam fazer.
Há.
Três minutos atrás.
Sentada no ônibus a caminho do trabalho
percebeu que não sente mais a dor da surra.
Nem a perda.
Não sente culpa.
Não tem orgulho.
Só.
Rareia ar.
Thursday, March 05, 2009
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