Tuesday, January 22, 2008

Somos Amigos desde que Nasci.










Ele acabou de me contar no mar do dia em que eu engoli
um alfinete e do outro em que escondi um botão de pressão
debaixo da língua.
_Você deixava a mamãe desesperada!
_Chico, por acaso era você que me dava
estes pequenos objetos para serem deglutidos?
_Lógico que não Luiza! Eles estavam lá,
espalhados pela casa. Olha a onda! Abaixa!

Ele a levou para surfar.
Duvidou das remadas dela,
mas em poucos minutos rendeu-se.
E como era de se esperar, ela não
gostou de ter que esperar pelas ondas.
_Que coisa mais chata!

O convidou para correr dali e correr com ela.
Precisa de impacto!
Em 35 minutos resolve esta
questão do exercício matinal.
_Vamos?
Negou.
Não quis acompanhá-la e se não me engano,
quase sempre fora assim.
Ele sempre só fez o que quis com ela.
Ela quase sempre fazia tudo com ele porque queria.
Nunca houve equilíbrio.
Coisa de irmãos.

Hoje ele tem trinta. Ela vinte e oito.
E tudo continua como era antes.
Grandes amigos, desequilíbrio constante.

{talvez por isso acostumou às relações desequilibradas,
culpa e mérito dele. Agradeçam-no.}

[divertindo-se como se fosse criança,
o verão permite mesmo isso? AFF!]

[se não houvesse tamanha saudade
em seu peito, não voltaria tão cedo]

{vide: http://www.fotolog.com/ballsplace}

1 comment:

Adriane Hagedorn said...

agora está claro pq somos tão amigas!
uma engolidora de alfinetes e botões de pressão e a outra, devoradora de copos de vidro e aspiradora de anéis [no singular, diga-se].