Friday, March 14, 2008

Air.









E a frase “que seja eterno enquanto dure” não sai daqui de dentro.
Mesmo que seja só até esta noite, preferiria que fosse intenso.
Assim do meu jeito de quem não sabe viver as coisas pela metade.

Quero te levar para jantar num bistrô que conheci hoje no almoço.
Enquanto falava de você a elas,
observava os desenhos delicados na parede e o espelho antigo.
É a nossa cara.
Tenho que te levar nesse lugar, enquanto dure.
E em todos os outros que planejamos.
Na praia, num bate e volta.
Pra ver o mar do prédio mais alto que temos por aqui.
E o pó que dela sai.
Nossa casa imaginária.
Faz de conta que é na Lapa.
Vou até lá reservar um cheiro de mato.
Uma pequena Tereza para brincar no jardim.
Um cachorro grande de raça qualquer.
Pra impor respeito.
Rede na varanda.
Dias de sol.
Não se preocupe, vou encomendar aos nossos sonhos...
Um entardecer com chuva fina, fria.
Brisa e arrepios de leve.
Caminhar.
Vou te levar pra gastar desse nosso sentimento.
Sem culpa. Sem preservar.
Antes da sua viagem, precisamos viajar.
Cuba.
Cozinhar.
Fazer as estampas.
E uma foto para cada vestido meu.
Desenhos que viram situações.
Situações que viram desenhos.
Desejos a desejar. Podemos tudo até agosto chegar.
Situar bem as agulhas sem me pinicar.
Linhas que viram palavras.
Que viram frases bem colocadas.
Parágrafos inteiros de zelo.
Apelos.
Ela te pede pra ficar.
Só mais uns dias até agosto chegar.
Vem, vamos lá nosso bar.
A gente pode tudo.
Vivendo o todo.
Se usar.
Sem se apegar.
É mentira.
Até agosto.
Ao seu gosto.
Amor voar.

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