Tuesday, May 05, 2009

De nada doce.

Ainda deitada na cama quente sua mente
desperta para necessidade de se levantar.
Faz com que seu corpo reaja.
Mas ao perceber que está só,
coberta pelo lençol, rodeada de travesseiros
e com o livro infantil que está lendo lá em baixo
encostado no pé esquerdo,
ela resolve ficar mais. Só mais um pouco.
São oito e meia e a claridade invade a
cabeceira da cama. Os primeiros raios de sol
batem em seus cabelos vermelhos.
Ela insiste em seus olhos fechar.
Hoje, simples assim, não quer se levantar.
Não tem astral para isso.
Ele, sem perceber, prepara o café.
Esquenta dois pães no forninho e
meia xícara de leite.
Corta um pedaço de melancia
e leva até sua boca.
Não a sua, mas a boca dela que resmunga
mal humorada “Deixe-me dormir em paz”.

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